Entrevista de Beto Duarte Papo De Vinho.

Esses termos de vinho de garagem, vinhos naturais, vinhos biô, vieram todos da França. Justo na França que, fora o Languedoc, sofre para fazer os vinhos mais famosos do planeta. Não pense que o clima da França é o ideal. Longe disso. Bordeaux tem pouquíssimos corajosos entre os orgânicos e biodinâmicos. Aí vem o paralelo com o Brasil. Sempre se fala das dificuldades de produzir vinhos em nossas terras, mas isso não impede a produção de vinhos excelentes. Quando se fala em vinhos orgânicos e naturais, então, podemos contar nos dedos. Nos dedos de uma das mãos: Era dos Ventos, Marco Danielle, Arte da Vinha... E Vicari. José Augusto e Lizete levaram o sonho de fazer vinho só com uva adiante. Ela é bastante conhecida na famosa Praia do Rosa, na cidade de Imbituba, em Santa Catarina. Basta perguntar pela Lili do Vinho. Ela é uma artista ceramista. Em cada peça, coloca emoção e criatividade. Indispensável conhecer a Lizete! A Praia do Rosa é daqueles destinos alternativos, interessantes, mágicos. Antes de chegar na casa da Lili do Vinho, paramos no restaurante Fuxicos e Comidas (ótimo), que tocou um cd inteiro do Nando Reis, isso ajudou a entrar no clima do lugar. Ela produz dois vinhos, um branco de Riesling Itálico e um tinto de Merlot. Os brancos 2008 e 2009 são vinhos para iniciados, que fogem completamente do estilo convencional, mas cheios de qualidade. A maior diferença entre eles estava na cor, bastante escura, quase avermelhada do 2009.
O que mais me impressionou foi o Merlot 2009. Um vinho cheio de fruta (nenhum vinho passa por madeira), com notas de especiaria, sem ter passado perto da madeira, elegante no nariz. Elegante na boca. Tem bom corpo, bom equilíbrio e classe. Lembra um Merlot de Bordeaux, longe dos merlots do novo mundo. No caminho de volta ainda lembrava dele. Lembrava do detalhe de que todo mundo bebe o vinho do seu tempo, da sua geração, graças aos avanços tecnológicos e aos modismos, mas quando se trata de um vinho onde só se usa uva e suas próprias leveduras, esse vinho é o mesmo dos tempos dos romanos, dos egípcios, das histórias da bíblia... Da história do mundo. Veja o vídeo e conheça a Lili do Vinho:

Os Profissionais. Revista Go'Where Vinho.

Nomes de peso da arte da degustação em São Paulo, Didú Russo, Ennio Federico, Manuel Luz e Álvaro Cézar Galvão chegam a provar, juntos, cerca de 200 rótulos por semana. Vamos conhecê-los?
O que acha dos vinhos brasileiros? Didú – Acho que estão melhorando muito, mas precisam buscar sua própria personalidade. A maioria quer copiar o que faz sucesso no mercado e não considero que esse deva ser o caminho. Os melhores “secondo me” quase ninguém conhece, são de pequenos produtores, alguns naturais, e sensacionais, como os vinhos de Marco Daniele, os do Dominio Vicari, o Hex Von Max, o Dall’Agnol, o Panceri, o Era dos Ventos Peverela, o Elephant Rouge. Você já ouviu falar deles? Pois são vinhos únicos, de personalidade, que mostram o potencial do Brasil no setor.

MADAME DO VINHO: Vinhos do Brasil - Domínio Vicari

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BLOG DA LIS: Comer,Beber,Viajar.: VINHOS BRASILEIROS: DOMINIO VICARI

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Vinho Domínio Vicari é destaque no Blog do Didú

"Domínio Vicari

Foram muitos vinhos neste Natal; Alemães, Italianos, Portugueses, Franceses, Gregos e Brasileiros, mas um em especial chamou a minha atenção. O Ramatis me trouxe uma garrafa do Merlot Domínio Vicari, não me lembro da safra. Alguém já havia me falado desse vinho feito na Praia do Rosa em Santa Catarina, com uvas compradas da Serra Gaucha, mas confesso que não me lembro quem.

Peguei a taça curioso, mas quando mergulhei meu nariz dentro dela, percebi que algo diferente vinha por alí. Era um Merlot já ao nariz e fresco, pouca complexidade, mas com tipicidade e sedução. Duvido que tenha passado por barrica. Quando coloquei um gole na boca a surpresa mais que agradável, um vinho puro e sincero. Que coisa tão difícil hoje em dia não? No verso do rótulo uma frase definitiva: 'um vinho sem máscaras...'

Parecia um vinho natural, talvez seja. Adorei e recomendo, só não sei onde comprar, como a quase totalidade dos bons vinhos brasileiros. O Ramatis ia atrás disso para colocar na carta da Enoteca, mas vasculhando na web encontrei o vídeo abaixo e um blog deles, onde há a história da familia, vale à pena, entre lá e saiba desse inusitado e delicoso vinho, há também um Riesling Itálico que não conheço. Escreva pra eles (vinhodominiovicari@gmail.com) e prove do vinho que vale à pena. Vinho assim é que eu gosto, tem sotaque brasileiro, tem autenticidade e é delicioso.

Me fez lembrar as sábias palavras do Guilherme Corrêa que li outro dia, a respeito do vinho brasileiro: '...Temos que pensar em dar um passo além dos vinhos tecnicamente bem logrados, mas sem identidade. Disto o mundo não precisa e nem comporta mais. Meu sonho é oferecermos num futuro próximo, um vinho 'Verde e Amarelo', fresco, vibrante, gastronômico e entusiamante, inconfundivelmente brasileiro'. Concordo com cada letra.
"

Publicado em 26/12/2011, por Didú - http://blogdodidu.zip.net

Do blog Vinhos Brasucas

domingo, 18 de setembro de 2011. Vinhos de Autor Domínio Vicari. Imbituba é famosa por suas belas praias de ondas perfeitas para o surf , como a Praia do Rosa , eleita uma das mais belas baías do mundo . Também se destaca por ser ponto de observação das baleias francas e pelo porto de Imbituba , um dos mais importantes do sul do Brasil . Neste paraíso ecológico cheio de belezas naturais , num vilarejo bucólico , moram lizete Vicari e seu filho Augusto Vicari Fasolo . Lizete é ceramista de mão cheia e seu filho é enólogo . Um belo dia , numa destas conversas nostálgicas em família ,regadas a vinho e comidinhas , na varanda da casa , com o mar de Santa Catarina ao fundo , tomaram uma grande decisão: "Vamos fazer nosso próprio vinho" Com o apoio financeiro do amigo Miguel Ângelo Beux , em 2008 , começa a ser produzido o vinho Domínio Vicari . As uvas são trazidas de Monte Belo do Sul , dos vinhedos da família de Lizete Vicari . Todas as etapas ocorrem de forma totalmente artesanal . As uvas riesling itálico são selecionadas manualmente e colocadas num recipiente onde são esmagadas com os pés , Só por mulheres . A maceração ocorre em um tanque de polipropileno , o processo de vinificação é feito de maneira completamente natural sem correções de qualquer tipo . O vinho não estagia em madeira , pois , a proposta do produtor é manter os aromas frutados e florais . São produzidas apenas mil garrafas por ano , o que faz deste vinho , um verdadeiro vinho de autor . O autor é alguém que desenvolveu a idéia e administra o processo completo até por a garrafa na mesa do consumidor . Ele pode ou não ter vinhedos , mas tem a idéia e um plano para desenvolver um produto com virtudes singulares . Bem pertinho daqui , na praia do Ouvidor , em um sítio sem luz elétrica , num passado bem recente , foi produzido o lendário "Cave Ouvidor" , Feito com uva peverella trazida de vinhedos dos Caminhos de Pedra , numa belina velha por Alvaro Escher e seu irmão Vítor Escher . Vocês ainda tem dúvidas que este lugar é mágico ?! Onde encontrar: (48) 3355-6165

Grupo "Ver o Vinho" degusta o vinho Dominio Vicari, em São Paulo

Grupo 'Ver o Vinho': Além dos aromas e dos vinhos, a oportunidade de compartilhar

É inegável a satisfação que podemos ter quando nos propomos a algo tão gratificante. Assim foi mais uma vez o encontro que tivemos com a Daniella Romano (Aromas do Vinho), em suas instalações e com o seu grupo 'Ver o Vinho'.

O grupo
Para quem ainda não sabe, este grupo se desenvolveu com o trabalhado e dedicação da Daniella. Tem como objetivo aprender sobre como degustar vinhos e perceber toda a parte sensorial, aromática e gustativa, bem como desenvolver o aprendizado sobre as particularidades, processos de vinificação, etc., mas em um grupo formado por deficientes visuais.
Um trabalho voluntário extremamente focado e realizado com muita dedicação pela Daniella. Mas desta vez fomos brindados com a presença de nosso amigo Álvaro Cézar Galvão, do Blog Divino Guia, que através da sua experiência, pôde compartilhar com todos, seus conhecimentos e toda a bagagem adquirida ao longo dos anos, voltados à gastronomia, harmonizações e aos vinhos.

Em um período de duas horas, pudemos degustar quatro vinhos, na manhã de um sábado iluminado, deste último dia 03 de setembro. O interessante foi perceber realmente a sensibilidade do grupo, que através dos sentidos, com certeza mais apurados que os nossos, identificaram o nível de teor alcoólico nos vinhos, seus aromas, até sua origem do novo ou velho mundo, assim como também as uvas. Claro que de certa forma fomos 'maldosos' e fizemos uma pequena 'pegadinha'. Levamos um vinho feito de forma artesanal, trazido pelo Álvaro, de produção nacional, limitado a 1000 garrafas e da safra 2008. Um vinho sem cápsula, com fechamento em cera, da uva Merlot, e outro do Chile, do produtor Valdivieso, também um Merlot, com passagem leve em madeira, da safra 2010, importado pela Ravin.

A alegria se fez presente em todo o encontro, de forma saudável e harmoniosa. Estes prazerosos momentos ficaram e ficarão marcados na nossa memória e nos nossos laços de amizade.

Saúde a todos!

Leia mais à respeito em: http://migre.me/5EQca
E também
: http://migre.me/5EQeb

*Fonte:
Vinhodosanjos.wordpress.com

por Álvaro Cézar Galvão

Revista eletrônica sobre alta gastronomia ,enologia,epicurismo e alto lazer,DIVINO GUIA,assinado por Álvaro Cézar Galvão,enófilo apaixonado e sommelier por formação na ABS, comenta : Dominio Vicari Merlot Reserva 2008 Meninas e meninos,Depois de algum tempo descansando em minha adega, finalmente degustei o Merlot da Domínio Vicari.Assim com o seu Riesling, são vinificadas quantidades pequenas, o suficiente para mil garrafas aproximadamente.Diferentemente do que eu imaginava, o Merlot não é por pisa à pé como o Riesling, mas sim, é prensado por uma desengaçadeira com pás de madeira, que tem mais de cem anos, e feita para o uso do vinho da família pelo avô da Lisete Vicari.As uvas vêm de Monte Belo do Sul, Vale dos Vinhedos, como as Riesling, onde a família mantém uma produção de uvas, e são vinificadas na Praia do Rosa, litoral Catarinense.Este vinho foi elaborado sem passagem por madeira e sem aditivos para que a uva expresse todo seu potencial, e descansa em barris de polipropileno, e antes de ir para a garrafa, passa por três decantações.Ao degusta-lo, percebi logo no olfato que o vinho é bem ácido, e que só com o passar do tempo na taça, foi abrindo muitas frutas.Creio mesmo que a recomendação de coloca-lo em decanter para acelerar o processo de aeração, seja conveniente, assim como descrito em seu contra-rótulo.Aromas de geléias surgem, mas não de frutas muito maduras, mais de frutas silvestres e para minha memória olfativa, invocou a pitangas.Cor bem viva e brilhante, em boca se nota sua acidez marcada, boa persistência.Não senti floral, mas de novo tenho que lembrar que o modo natural e sem conservantes de vinificar, transformam em novidades, os parâmetros mais conhecidos e usuais de cada uva.Senti após algum tempo um certo animal no aroma, e como sei que não usam madeira, fiquei intrigado, mas creio que possa vir do contato, ainda que pequeno das pás de madeira usadas para esmagar a uvas.Em boca, confirma frutas silvestres, e como também tem uma graduação alcoólica mais baixa, assim como o Riesling(11%), o torna agradável para bebericar, solo ou em dueto com a gastronomia, mas para esta harmonização, o que mais vai ser levado em conta é sua acidez!Até perguntei se a fermentação malolática teria acontecido, o que me foi respondido que sim.Uma coisa importante de mencionar, é as uvas chegaram à Praia do Rosa com 18 graus Babo, que segundo o enólogo, José Augusto Vicari Fasolo, se torna menos arriscado, já que as uvas têm que ser transportadas.Colhe-las com maior graduação, as uvas chegariam feridas e entrariam em fermentação.De qualquer modo, sendo sua preferência ou não, os vinhos naturais, advindos de uvas orgânicas ou biodinâmicas, é mister degustar este vinho.Eu gosto de novas sensações, claro que no meio a tantos vinhos desenvolvidos com leveduras das mais caprichosamente selecionadas em laboratório e com métodos globalizados, não que os vinhos da Domínio Vicari não se utilizem das mais modernas técnicas de vinificação, quando degustamos um vinho feito como “antigamente”, às vezes ficamos sem parâmetros de comparação.Marcel Lapierre, o mago dos vinhos naturais, e com seus maravilhosos Morgon e Beaujolais e precocemente falecido, que o diga dos vinhedos aonde estiver.Domínio Vicari 48 3355-6165 http://www.dominiovicari.blogspot.com/ Até o próximo brinde!Álvaro Cézar Galvão

Degustando o Domínio Vicari

 
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O somelier Álvaro Cézar Galvão e Celso Frizon da Costelaria Rancho do vinho, degustando o Merlot em São Paulo.

Divino Guia fala sobre o vinho Domínio Vicari

Pessoal,

Confiram o texto de Álvaro Cézar Galvão (Sommelier de São Paulo/SP), extraído do Divino Guia. Abaixo segue o link do blog, caso queiram conferir direto na fonte.

"Meninas e meninos,

Todos sabem que eu tenho feito tudo ao meu alcance para mostrar que os vinhos Brasileiros estão melhorando, e rápido, em sua técnica de vinificação, com cepas adequadas e ambientadas aos terroirs, armazenagens competentes, enólogos já a maioria em sua terceira geração e bem formados com cursos e especializações, ale, das trocas de experiências nas mais adiantadas partes vinícolas do mundo. Pois bem, dia destes, fiquei sabendo, e agora já nem me lembro mais, de que forma, que uma vinícola em Santa Catarina fazia excelentes vinhos.

De toda a sorte, o que é do homem, o bicho não come, como diz o ditado, e consegui provar um dos vinhos desta vinícola.
Estou falando da Domínio Vicari, onde Lisete Vicari, e seu filho, o enólogo e responsável pela parte técnica José Augusto Vicari Fasolo, trabalham a uva Riesling Itálico, dentre outras. Provei o Riesling Reserva 2008, e aqui cabe uma explicação sobre o Reserva: Este vinho não passa por madeira, além de não receber sulfitos para conservação, então tenho que admitir que o “Reserva” seja em razão de sua qualidade, espero que a Lisete ou o José Augusto me expliquem.

Bem, o vinho em minha análise é ótimo!
Como não é filtrado, a tendência é que o vinho seja algo mais turvo, mas não é o caso deste exemplar que degustei, estava límpido e transparente, com uma bela cor amarelo palha com tons verdeais. Olfato diferente dos Rieslings que provei anteriormente, o que para mim é óbvio, já que sua maneira de vinificação, sem conservantes e sem filtração, além do terroir também o é; a propósito, as uvas são oriundas do Vale dos Vinhedos, da própria família que as plantas há mais de cem anos, desengaçadas à mão, e depois transportadas para a Praia do Rosa, onde passam por pisa à pé, e só por mulheres (EU SABIA QUE TINHA ALGUM SEGREDO NESTE VINHO, QUE O DEIXA ENCANTADOR).

Frutas e floral em abundância, senti maçãs verdes, pêras, abricot, e um frescor penetrante nas narinas, como uma lufada de ar fresco (nunca havia sentido o que descrevo agora). Boca muito agradável, e ai senti algo mineral, próprio desta cepa, confirmando frutas, mas agora algo cítrico, bom corpo, ótima acidez e bem integrada ao álcool com apenas 10º GL. Como sempre, degusto e penso na gastronomia, e para acompanhar este belo vinho, um bacalhau ao forno, com batatas e azeite, sem exageros em temperos, ficou ótimo! Sua produção é em torno de 1000 garrafas, e eu degustei uma delas. De gustibus non disputandum est (gosto não se discute): EU GOSTEI! Até o próximo brinde!"

Por Álvaro Cézar Galvão, dia 29/04, às 11:11, no Blog Divino Guia (http://divinoguia.blogspot.com).
Como nos velhos tempos!
O Vinho de Autor Domínio Vicari está na Praia do Rosa:
No Restaurante Tigre Asiático
Na Pousada Quinta do Bucanero
No Restaurante Sapore di Pasta
Na Gecko Jardim Gastronômico
Na Hospedaria Ponta da Piteira
No Restaurante Lua Marinha
Em Urubicí
No Café Canto do Sabiá
Em Florianópolis
No Restaurante Isadora Duncan
O Merlot e o Riesling Itálico

Berço do Domínio Vicari

Praia do Rosa Imbituba, berçario da Baleia Franca e do
Vinho Domínio Vicari.
A praia do Rosa ostenta o título de uma das trinta mais
Belas Baias do Mundo e fica em Santa Catarina.

Os produtores da uva

Maria Vicari Faccin e Lindo Faccin
com seus filhos na colheita.